Sífilis congênita: o que o pai tem a ver?

29 ago

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Uma cegonha mandou notícia e você acabou de descobriu que vai ser pai? Parabéns! Provavelmente uma série de novas sensações, pensamentos e dúvidas estão passando por você. Mas, não se assuste, é isso mesmo.

Para esse momento, acompanhar sua parceira no pré-natal, fazer os exames corretamente e se comprometer com os tratamentos, quando for preciso, faz toda a diferença. Os profissionais das Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde estão preparados para te ajudar nisso.

Infecções como a sífilis, por exemplo, merecem muita atenção, pois a mãe pode passar para o filho durante a gestação ou o parto, o que pode levar a consequências graves, como aborto espontâneo, parto prematuro, má formação do feto, surdez, cegueira, alterações mentais, ósseas, cardiovasculares e até mesmo morte ao nascer.

Mas, a sífilis tem cura e é possível reverter! E você, pai, tem tudo a ver com isso.

Se a mulher for diagnosticada com sífilis durante o pré-natal, as consequências para o bebê podem ser evitadas mais facilmente. Por isso, é muito importante que você e sua parceira busquem uma Unidade de Atenção Primária para fazer os exames logo no início da gravidez.

Durante o tratamento, o seu compromisso como pai é fundamental. Se somente a gestante fizer o tratamento e as relações sexuais desprotegidas continuarem, a mãe será reinfectada e as chances da transmissão vertical crescerão consideravelmente. Fazer o tratamento completo junto com sua parceira e prevenir uma nova infecção é a única forma de proteger o seu bebê.

Por isso, não se esqueça: se sua parceira está grávida, acompanhe os exames, dê apoio, faça o tratamento necessário. Pai bom é pai que cuida e se cuida.

Atenção de todos!

Homem, mulher, grávida ou não, todos devem ficar atentos.
 Nesta lista você pode conhecer os sinais e sintomas dos diferentes estágios da sífilis:

Sífilis primária – Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais da pele), que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.

Sífilis secundária – Os sinais e sintomas surgem no intervalo de seis semanas a seis meses do aparecimento da ferida inicial, após a cicatrização espontânea. Podem surgir manchas no corpo, principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés, e ínguas (não coçam).

Sífilis latente – É a fase assintomática, sem sinais ou sintomas. Tem duas fases: a sífilis latente recente, com menos de um ano de infecção, e a sífilis latente tardia, com mais de um ano de infecção. A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.

Sífilis terciária – Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção. Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

A Sífilis em algumas de suas fases pode não ter sinais visíveis, por isso, procure periodicamente a sua equipe de saúde e peça para fazer um teste rápido. O diagnóstico e o tratamento são simples e assim você estará cuidando de você e da sua família.

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