Durante o Mês de Prevenção das Violências no Namoro, comemorado em junho, diversas unidades de saúde do Rio de Janeiro desenvolveram atividades para mobilizar jovens, profissionais de saúde e toda a população das comunidades onde estão inseridas na promoção da gentileza e prevenção das violências namoro.
Promovida pela Superintendência de Promoção da Saúde da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro (SMSDC-RJ), em parceria com o Comitê Vida e o Núcleo de Promoção da Solidariedade e Prevenção das Violências do Município do Rio de Janeiro, a campanha teve início com a exibição do filme Amor?, de João Jardim, em sessões especiais para profissionais de saúde e parceiros que atuam na prevenção de violências e promoção da solidariedade.
No Adolescentro Paulo Freire, em São Conrado, jovens integrantes do Rap da Saúde promoveram o encontro Discutindo a Relação. Durante o evento, o lançamento do curta-metragem A vida é como ela é? As coisas são como elas são?, produzido pelo Rap da Saúde, e a distribuição de material lúdico-informativo foram o ponto de partida para a discussão sobre as diversas formas de violência no namoro e como prevenir e enfrentar o problema.
Assista ao curta-metragem A vida é como ela é? As coisas são como elas são?,
produzido pelo Rap da Saúde, que aborda a violência no namoro:
Em Campo Grande, as Escolas Municipais João Proença, Alfredo Flores e Nelcy Noronha e a Policlínica Carlos Alberto Nascimento promoveram a Semana do Amor, com atividades lúdicas e educativas sobre prevenção das violências no namoro.
“Além da campanha do Mês de Prevenção das Violências do Namoro e da distribuição do Laço da Gentileza no Namoro, apresentamos aos jovens a Caderneta do Adolescente. Os alunos receberam informações, tiraram dúvidas e concluíram as atividades com a tarefa de multiplicar o conhecimento adquirido entre os seus amigos”, relata a assistente Social Simone Fonseca, da Policlínica Carlos Alberto Nascimento.
A Clínica da Família Valéria Gomes Esteves, da CAP 5.3, também utilizou o recurso audiovisual para promover o debate entre os usuários da unidade de saúde. Durante todo o mês de junho, um ciclo de vídeos e debates abordou temas como sexualidade, sexo seguro, aborto, relação com os pais, violência e protagonismo infantil, entre outros.
No CMS João Barros Barreto, da CAP 2.1, e no PSF Dr. Cattapreta, da CAP 5.3, palestras sobre violência no namoro reuniram adolescentes, adultos e profissionais de saúde para debater questões envolvendo as diversas formas violências no namoro e o seu impacto para a saúde.
O CMS Enfermeira Floripes Galdino Pereira também aderiu à iniciativa, com a realização de um Cine Pipoca sobre o tema, seguido de roda de conversa sobre violência no namoro. “O trabalho de mobilização comunitária realizado pelo GAL Berço dos Sonhos foi um sucesso! O encontro contou com a participação de 40 adolescentes, com idades entre 12 e 17 anos, que depois de assistirem vídeos de curta duração foram motivados a discutir sobre as causas e consequências da violência no namoro”, comemora Rosinete Paiva da Silva, funcionária do CMS Enfermeira Floripes Galdino Pereira e integrante do GAL Berço dos Sonhos.
Vídeo, debate e dinâmica sobre autoconhecimento
Inspirada por estas iniciativas, a equipe do PSF Fernando Antonio Braga Lopes, da CAP 1.0, promoveu a exibição do vídeo A vida é como ela é? As coisas são como elas são? e uma roda de conversa sobre violência no namoro.
“A experiência foi riquíssima. Estiveram presentes adolescentes, acompanhados por seus pais e por seus filhos, além de todos os profissionais do PSF. Conseguimos reunir um grupo bastante interessado, que seguirá trabalhando o tema, possivelmente em parceria com o Rap da Saúde”, avalia Francine Lemos, educadora em saúde da Divisão de Vigilância em Saúde da CAP 1.0.
Antes do vídeo-debate, a equipe da unidade de saúde desenvolveu uma dinâmica criativa com o público do evento. Os participantes foram apresentados a uma caixa preta e convidados a descrever o artista retratado em seu interior, para que o grupo tentasse adivinhar a sua identidade. Para a surpresa de todos, a caixa não trazia o retrato de artista algum – e sim um espelho.
“As pessoas foram motivadas a fazer uma autoavaliação e, após a exibição do vídeo, foram questionadas sobre o que haviam dito. Uma mulher, que incialmente se descreveu como boa mãe e boa esposa, reconheceu que estava envolvida em uma delicada situação de violência conjugal e que não sabia como resolver o problema. O depoimento foi ponto de partida para que outras pessoas compartilhassem suas experiências e apontassem possíveis soluções”, conta Francine.
A educadora em saúde comemora o sucesso da atividade e do Mês de Prevenção das Violências no Namoro: “Os participantes tiveram a oportunidade de conversar sobre o tema da violência, que muitas vezes permance em segredo. Eu tenho certeza que estas reflexões poderão fazer diferença quando eles se depararem novamente com situações de violência”.
>> Saiba mais sobre a atividade no PSF Fernando Antonio Braga Lopes no blog CMS Caju
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